Um dos maiores desafios de um advogado é saber lidar com os diversos tipos de clientes. É preciso saber fazer um bom atendimento e entender as suas necessidades. Para tanto, o bom profissional deve se aprimorar constantemente para não ter problemas por falta de demandas no futuro.
Conhecer bem o cliente e saber em que perfil ele se encaixa é essencial, não só para personalizar o atendimento e fidelizá-lo, mas principalmente para evitar que sua imagem seja afetada caso não seja bem compreendido, ou até mesmo para dispensar perfis indesejados.
Além disso, saber com qual tipo você está lidando poupará tempo perdido ou aborrecimentos futuros, tentando adivinhar o que ele realmente precisa.
Descubra agora os 8 tipos de clientes mais comuns e aprenda a lidar da melhor forma possível com cada um deles!
1. O teimoso
Todo advogado acaba lidando com o cliente teimoso, que pensa estar sempre certo e não se demonstra aberto ao diálogo ou à negociação. O profissional, nessas situações, deve manter-se equilibrado e tentar fazer o cliente entendê-lo, demonstrando conhecimento e assertividade.
É um dos tipos mais complicados de lidar, mas, sendo consistente na sua tese e na estratégia a ser implementada, você fará ele perceber que você realmente entende do assunto e ceder na sua posição.
2. O que pensa que pode resolver sozinho
Esse perfil é do tipo que tem um problema e sabe disso, mas insiste em tentar resolvê-lo por conta própria, sem o auxílio de um advogado. Por vezes, procrastina para tomar uma iniciativa.
Como esse tipo de cliente reluta em contatar um profissional, o ideal é atrai-lo via internet, escrevendo artigos em um blog profissional que abordem a importância de contratar um advogado e demonstrem sua capacidade para solucionar sua demanda.
É aconselhável manter canais para que esse tipo de cliente possa contatá-lo via internet, seja por e-mail, seja pelas redes sociais.
3. O que sabe tudo
Esse tipo de cliente é aquele que, antes de entrar em contato com o advogado, já estudou seu caso detalhadamente, lendo a legislação, sites jurídicos, pesquisando casos semelhantes ou por conhecer alguém que passou pelo mesmo problema.
Nesse caso, é prudente ouvi-lo com atenção e perceber as inconsistências, pontuando e aprofundando o tema de forma gentil e profissional, sempre com muita confiança.
Apresentar exemplos de casos semelhantes em que teve êxito e mostrar entendimento dos procedimentos em tribunais superiores ajudarão a reter esse cliente.
4. O que adora reclamar
Esse é um perfil bem comum, sendo necessária muita paciência no seu atendimento. Em geral, é bastante crítico em relação a assuntos como: morosidade da justiça, comportamento do juiz ou de outras partes, necessidade de recursos e, em especial, quanto ao valor dos honorários.
Nesse caso, mantenha a calma, escute-o e demonstre-se interessado em resolver quaisquer tipos de pendências.
Responda às suas reivindicações e, mesmo que às vezes esse cliente esteja pessimista, seja sincero para que ele não perca a confiança.
5. O que esquece de tudo
O cliente esquecido ou desorganizado é aquele que esquece de entregar os documentos no momento certo, acaba omitindo informações — ainda que sem maldade — e frequentemente se atrasa para as audiências, quando comparece.
Esses clientes acabam delongando ainda mais o processo e, muitas vezes, o trabalho pode acabar sendo em vão. Por isso, o ideal é ter demasiada atenção com ele.
Sempre alerte-o com antecedência sobre o que está acontecendo no processo, relembrando as datas das audiências. Contate-o por diversos meios, seja por mensagens via celular, seja por e-mail, telefonemas ou outra maneira que possibilite a você assegurar-se de que o recado foi recebido.
Uma boa alternativa é utilizar algum aplicativo ou sistema jurídico para administrar prazos e compromissos, assim fica mais fácil saber o momento ideal para entrar em contato.
6. O caloteiro
Infelizmente, esse tipo de cliente existe e não são poucos. Mas lembre-se: não é porque ele não pagou que é um caloteiro! Ele pode simplesmente ter esquecido de pagar. Nesse caso, entre em contato com o cliente de forma amigável para lembrá-lo dos prazos pactuados para o pagamento pelos serviços prestados.
Porém, há os clientes que desaparecem e aqueles que simplesmente agem de má-fé, fazendo o possível para não pagar os serviços advocatícios depois de utilizá-los.
Não se esqueça de sempre estipular um contrato escrito de honorários com cada cliente para evitar futuros desentendimentos. Dessa forma, o advogado terá como provar o que foi acordado e terá seu direito resguardado no final da prestação de seus serviços.
Nessas situações, caso não obtenha êxito, o próximo passo é ingressar com ação exigindo o pagamento dos honorários estipulados no contrato.
7. O que pede várias coisas ao mesmo tempo
Também pode haver aqueles que procuram por seus serviços, em uma determinada área, mas acabam querendo resolver outros problemas, de forma gratuita e até mesmo em áreas que não correspondam ao seu ramo de atuação.
Se for um caso que saiba resolver e que demande tempo, seja atencioso e procure marcar um outro momento para discutir esse problema isoladamente.
Caso as dúvidas não sejam da sua especialidade, responda de forma gentil que a dúvida não é pertinente à sua área de especialização e, se quiser, indique outro colega de profissão.
8. O promotor
Em razão do bom atendimento, há clientes que o profissional fideliza e que sempre aparecem com um caso novo ou o indica para algum conhecido.
O profissional deve sempre tratar esses clientes com cuidado, mostrando-se sempre à disposição e sendo o mais atencioso possível, pois são eles que geralmente trarão novas demandas e melhorarão a imagem do profissional.
Há inúmeros tipos de clientes que o advogado terá contato durante sua carreira. Por isso, é importante sempre se aprimorar para fazer um atendimento de sucesso para fidelizá-los.
Entender o perfil de cada um e saber identificar suas necessidades farão com que o profissional seja autoconfiante e tenha maior sucesso, prosperando ainda mais na carreira.
Agora que você conhece os tipos de clientes, aprenda também sobre o futuro da advocacia: como a tecnologia vai impactar o trabalho. Boa leitura!