O mundo está em constante transformação, e a forma de pensar e resolver problemas também mudou. O Legal Design Thinking surge dessa nova tendência de solução de problemas reais, mas ainda não é algo muito conhecido pelos profissionais do meio jurídico. No entanto, quem quer trabalhar com inovação e aprimorar seus serviços não pode ficar de fora dessa tendência!
Para ajudar a conhecer o que é e como funciona o Legal Design Thinking, preparamos este artigo. Acompanhe e se atualize!
O que é Design Thinking?
Design Thinking é uma forma de pensar que prioriza a solução de problemas de forma inovadora. Trata-se de um modelo para solucionar problemas complexos de empresas e pessoas, visando criar opções diferentes, levando em consideração a realidade e agindo de forma criativa.
Aplicar o Design Thinking envolve adotar um modelo que segue sete etapas, quais sejam:
- busca pela compreensão do problema que será resolvido, desenvolvendo as limitações do trabalho a ser realizado;
- observação da situação, por coleta de dados, ouvindo pessoas envolvidas etc.;
- criação de um ponto de vista a partir do problema definido e das reflexões que surgem durante a observação;
- ideação de soluções, coletando-se as ideias a partir do ponto de vista;
- prototipagem, criando uma tentativa de colocar as soluções propostas em prática em pequena escala, para testar a ideia;
- teste da ideia, aplicando-se o protótipo;
- iteração, que consiste na reflexão sobre os feedbacks colhidos na fase de teste, com alterações no modelo até que ele se aperfeiçoe o suficiente para se tornar uma solução aplicável para o problema identificado.
Como o Legal Design Thinking chegou ao mercado jurídico?
O Legal Design Thinking chegou ao universo jurídico com as tendências tecnológicas, buscando criar um ambiente de inovação jurídica. O mercado tradicional já não dá mais conta de solucionar os problemas de pessoas e organizações. Por isso, usar novos processos de reflexão é essencial.
Assim, a primeira questão que o Legal Design Thinking destoa da forma tradicional de solução de problemas no Direito é o enfoque. Enquanto numa análise tradicional o profissional conduz o processo e toma as decisões, ao aplicar o Design Thinking, a postura é muito mais observadora e reflexiva. As ideias só surgem depois da criação de um quadro completo, com a situação do cliente e suas reais necessidades.
Quais os objetivos do Legal Design Thinking?
A ideia por trás do Legal Design Thinking é ouvir, acolher os clientes e só então trabalhar para resolver problemas. Na prática, isso significa fazer um trabalho inovador unindo Direito, novas tendências, criatividade e necessidade social. Geralmente, temos esse trabalho nas chamadas legaltechs, que são as empresas de tecnologia jurídica, mas isso pode se estender facilmente aos escritórios de advocacia.
Soluções que aplicam tecnologias como blockchain, inteligência artificial ou machine learning para resolver problemas complexos adotam o Legal Design Thinking para identificar as necessidades do mercado. Um escritório pode identificar, por exemplo, que um determinado perfil de clientes se interessa muito pela automação para obter respostas mais rápidas em questionamentos simples, oferecendo chatbots como uma solução personalizada para o cliente.
O Legal Design Thinking também é inovador na forma de construir contratos que sejam mais inteligíveis, e com uma melhor e mais eficiente comunicação, sem perder a qualidade técnica. Ou um novo meio de produzir documentos entre clientes e advogados, ou até mesmo uma petição inovadora para expor um problema complexo.
O Legal Design Thinking ainda é uma novidade para muitos advogados, mas é a tendência para a solução de problemas no futuro. Assim, quem quer se manter relevante no mercado deve adotar estratégias criativas para solucionar problemas, pensando sempre em acolher as necessidades dos clientes em primeiro lugar.
Gostou do artigo? Que tal conversar mais sobre o assunto? Deixe um comentário abaixo com suas experiências e impressões sobre o Legal Design Thinking!