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Automação Jurídica

Due Diligence: entenda como aplicá-lo na advocacia

Publicado por Equipe DILIGEIRO em março 11, 2019
6 minutos para ler

Todo empreendedor sabe que avaliar riscos é fundamental na condução dos negócios. Por isso, deixar de aplicar os processos de Due Diligence pode ser um erro fatal. Executada de maneira adequada, garante a saúde e a prosperidade do empreendimento, evitando que surpresas desagradáveis surjam e afetem os resultados.

Essa prática — que em tradução simples significa diligência prévia — consiste, resumidamente, num processo de análise, estudo e avaliação minuciosa de informações; englobando, dentre outros, aspectos financeiros, trabalhistas, jurídicos e previdenciários.  

Reunimos aqui as principais informações que você precisa saber para aplicar a Due Diligence agora mesmo e garantir a viabilidade do seu investimento!

Entenda o que é Due Diligence

Muitos equívocos sobre o conceito de Due Diligence surgem ao começar a pesquisar a respeito. Assim, é importante deixar claro o que ela não é: uma mera auditoria.

Essa prática vai muito além de uma simples análise de números de um negócio. Ela abrange uma investigação pormenorizada de todos os aspectos relevantes da empresa-alvo. Trata-se de um processo aprofundado, pelo qual se analisam os diversos setores que compõem o empreendimento.

São medidas que todo empreendedor prudente precisa adotar para garantir o bom desenvolvimento das atividades, principalmente antes de realizar algum potencial investimento. Dessa forma, qualquer informação oculta que possa acarretar perdas poderá ser tratada com antecedência, gerando maior segurança ao dar um passo importante para o crescimento da companhia.

É composta por etapas organizadas e processos previamente definidos. Ao final, são obtidos dados concretos que garantem a veracidade das informações utilizadas pelo escritório no seu fluxo de trabalho.

Não existem requisitos específicos para aplicar a Due Diligence. É possível utilizá-la tanto na expansão de um escritório de advocacia, quanto na fusão de multinacionais de grande porte, por exemplo.

Como aplicar a Due Diligence

Imagine que você esteja planejando aumentar o seu escritório, expandindo o negócio para uma área nova de atuação profissional. Nesse momento, aplicar um processo de Due Diligence é importante para que essa tomada de decisão seja feita de forma consciente e planejada.

A primeira coisa que deve ter em mente é que o processo não é simples, nem tão rápido quanto gostaria. O foco aqui é na eficiência e na eficácia do procedimento para obtenção de resultados fidedignos. Contudo, é importante estabelecer um prazo de início e fim.

O procedimento vai além de uma auditoria legal, financeira e tributária. Por isso, será indispensável o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, pois até aspectos ambientais poderão ser considerados para verificar se existem riscos que podem gerar passivos futuros.

Para isso, algumas boas práticas precisam ser adotadas para obtenção de resultados satisfatórios.

Desenvolva um cronograma de atividades

Como mencionado, a aplicação da Due Diligence não pode ser efetuada por tempo indeterminado. Isso dispersa os esforços da equipe e deixa todo o processo desorganizado. Além do mais, importantes decisões dependem dos resultados obtidos e não podem ser adiadas indefinidamente. Desenvolvendo um cronograma, será possível reunir as informações dentro do prazo estabelecido.

Realize reuniões de alinhamento

Uma reunião inicial é primordial para o sucesso da empreitada. Além de levantar os documentos iniciais a serem analisados, essa etapa será necessária para alinhar alguns pontos cruciais como: descrição de toda a operação, distribuição de tarefas, padronização dos métodos que devem ser empregados, antecipação de contingências, dentre outros.

Agendar reuniões periódicas ajudará a manter a equipe bem direcionada e sanar dúvidas que podem surgir no decorrer das atividades.

Crie um checklist

Fazer um checklist facilitará na organização das informações básicas e será um ponto de partida para entender a situação atual do escritório. Fazendo isso, algumas questões importantes serão respondidas. Alguns exemplos que devem constar são:

  • financeiro: verificar se as demonstrações financeiras são auditadas, desempenho financeiro, recursos disponíveis para continuar operando;
  • jurídico: contratos, garantias, acordos de liquidação, aquisições, fusões, ações judiciais;
  • trabalhista: relação de funcionários e respectiva remuneração, organograma da organização, custos relativos às demissões e rescisões contratuais;
  • fiscal: créditos a compensar, impostos federais, estaduais e municipais, dívida ativa;
  • operacional: lista de fornecedores, resumos de produção, satisfação dos clientes, capital de giro, concorrentes, tecnologias aplicadas.

Elabore um relatório com resultados

Após efetuada a checagem dos documentos reunidos durante a aplicação da Due Diligence, é momento de elaborar um relatório para apresentar os resultados. Nele, é preciso que constem as principais contingências identificadas. Elas representam os principais riscos para o bom desenvolvimento do negócio e vulnerabilidades que podem acarretar possíveis surpresas negativas futuramente.

A partir desse relatório, é possível corrigir falhas na gestão empresarial e tomar medidas preventivas para corrigir o rumo do empreendimento.

Quando e onde aplicar a Due Diligence

Manter os setores do escritório alimentados com informações atuais, seguras e confiáveis é imprescindível em qualquer momento do negócio. Além de ser uma boa prática, evita que decisões sejam tomadas com base em fatos que não condizem com a realidade da instituição.

Em algumas operações específicas a necessidade de uma boa Due Diligence é redobrada. Por exemplo, quando o administrador busca investidores para expandir a operação. Dificilmente alguém se arriscará a colocar seu capital sem a garantia de um retorno financeiro seguro.

A Due Diligence também é fundamental nas fusões e incorporações. Além de evitar uma herança indesejada de passivos, o processo ajudará a compreender aspectos relevantes, tal qual a posição que a empresa representa no mercado, os principais concorrentes e como evitar problemas financeiros futuros.

Para as empresas que atuam com licitações e fornecimento para empresas públicas, uma Due Diligence jurídica de integridade pode ser necessária para demonstrar a inexistência de focos de corrupção nas suas atividades.

Perceba que o futuro de um empreendimento só estará assegurado se o gestor conhecer previamente os riscos, a tempo de adotar medidas que os neutralizem. A ferramenta que possibilitará antever esses desvios é a Due Diligence. Aplicá-la de forma organizada e com o auxílio de profissionais experientes, garantirá subsídios para tomar as melhores decisões nos desafios que você terá que enfrentar para ser bem-sucedido nos negócios!  

Agora que você descobriu como otimizar resultados com a Due Diligence, que tal ler como a tecnologia mudará o futuro da advocacia?

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